terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Igreja pedófila

Ministério da Justiça da Irlanda revela conivência da Igreja e do Estado para encobrir padres pedófilos

IRLANDA – Em um relatório de 700 páginas, o Ministério da Justiça da Irlanda concluiu que – durante décadas – o Estado e a Igreja Católica agiram de forma conivente para encobrir os casos de abusos sexuais dos sacerdotes pedófilos da arquidiocese de Dublin, capital do país.
O relatório, elaborado pela juíza Yvonne Murphy, foi divulgado na quinta-feira, 26, pelo ministro da Justiça irlandês, Dermot Ahern, e é resultado de três anos de investigações. O documento revela que organismos do Estado, como a Polícia e a Procuradoria, ajudaram a esconder as identidades dos padres pedófilos.
“As estruturas e regras da Igreja Católica facilitaram esse encobrimento", diz o texto. A comissão examinou 450 denúncias contra 46 sacerdotes de abusos sexuais com crianças entre 1975 a 2004. Além disso, aponta 19 casos de pedofilia de párocos da hierarquia católica, como o cardeal Desmond Connell
Propina da pedofilia – A comissão investigadora da arquidiocese de Dublin examinou as acusações de 450 pessoas apresentadas contra 46 sacerdotes por fatos ocorridos entre 1975 e 2004, assim como a gestão do escândalo por 19 membros da hierarquia católica, entre eles o cardeal Desmond Connell, que pagava altas cifras às vítimas para que os casos não fossem revelados. O escândalo da propina da pedofilia do cardeal veio à tona em 2002. Para não influenciar os processos que correm na justiça, o relatório não divulga os nomes dos eclesiásticos; apenas pseudônimos quando cita os casos de abusos sexuais dos religiosos.
Não pergunte, não fale – "As autoridades do Estado facilitaram o encobrimento ao não cumprir suas obrigações e garantir que a lei fosse aplicada a todos por igual, o que permitiu que as instituições da Igreja se mantivessem fora do alcance do processo legislativo normal", comenta o relatório, que diz que o esquema de acordo entre a Igreja e as autoridades do estado funcionava numa espécie de “não pergunte, não fale”.
Um dos casos de pedofilia divulgados no relatório comenta que um religioso cometeu abusos sexuais com mais de cem menores. Outro sacerdote, por sua vez, confessou que abusava de crianças a cada duas semanas durante seus 25 anos de ministério. Outra revelação estarrecedora é que a polícia da Irlanda levou 20 anos para apresentar a primeira acusação contra um sacerdote.
 por Redação MundoMais
Depois eu é que julgo mal a Igreja católica....

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