quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Vida de Margaret Murray

Margaret Murray

Margaret Murray foi uma eminente e respeitada antropóloga, arqueóloga e egiptóloga. Na década de 20 ela começou a escrever sobre suas teorias sobre as organizações e origens da bruxaria na época pré-cristã. Nesta fase seus colegas ridicularizaram seu trabalho, no entanto, hoje em dia, alguns dos seus livros ganharam o status de clássicos da literatura; como O Culto das Bruxas na Europa Ocidental (de 1921) e O Deus das Feiticeiras (de 1933).

Margaret Murray nasceu em Calcutá em 13 de julho de 1863. Estudou na Universidade Collage em Londres e, mais tarde começou a trabalhar nesta. No início de sua carreira ela começou estudando antropologia e foi uma pioneira na luta pelos direitos da mulher. Ela tomou parte em várias escavações arqueológicas, trabalhando junto com nomes de peso como o de Sir William Matthew Flinders Petrie, um renomado egiptólogo. Eles trabalharam juntos em vários lugares, tais como Egito, Palestina e Inglaterra. Foi através dos ensinamentos de Sir William que ela se tornou especialista em egiptologia e foi nomeada palestrante júnior da Universidade.
Os rumores indicam que o interesse de Margaret por bruxaria começou por volta de 1915, após ficar doente enquanto participava de uma escavação no Egito. De volta à Inglaterra, ela decidiu convalescer em Glastonbury. Em sua autobiografia afirma: “Eu decidi me recuperar em Glastonbury, e uma pessoa não consegue ficar em Glastonbury sem ficar interessada em “José de Arimatea e o Santo Grail”.
Seu interesse inicial levou Margaret a começar a estudar seriamente à bruxaria. Ela começou trabalhando em arquivos contemporâneos de julgamentos de bruxas e bruxaria, em seguida partiu para pesquisar documentos do período medieval e renascentista, incluindo aqueles que se relacionavam aos julgamentos de Joana D’Arc e Gilles de Rais. Ao mesmo tempo ela conduziu estudos de campo por toda a Europa. Suas conclusões levaram a publicação de seu primeiro livro: O Culto das Bruxas na Europa Ocidental, (1921.). As teorias de Margaret eram que a bruxaria tinha se espalhado e possuía raízes nos cultos europeus pagãos de fertilidade que remontavam ao período paleolítico. Tais idéias causaram grandes polemicas entre os seus colegas, que simplesmente ridicularizaram tais opiniões.
Persistentemente Margaret continuou a estudar bruxaria paralelamente a sua carreira. Ela era uma perspicaz e detalhista acadêmica, consequentemente o e seu trabalho em arqueologia e egiptologia não passou despercebido. A Universidade de Collage em Londres a promoveu a professora assistente em egiptologia em 1924, cargo que ela manteve até a sua aposentadoria em 1935.
Seu segundo livro: O Deus das Feiticeiras (de 1933), dedicado ao Deus de Chifres da Bruxaria e sobre a teoria de que a divindade data do período paleolítico e era tido como um Deus da fertilidade. Este livro foi praticamente ignorado até depois da Segunda Guerra Mundial e da queda da última lei contra a bruxaria em 1951. No ano seguinte (1952) o livro foi relançado e logo se tornou um best-seller.
Depois de se aposentar da Universidade College em 1935, Margaret continuou com seus estudos sobre bruxaria e viajava pelo país dando palestras sobre suas teorias. Em 1945 um assassinato misterioso ocorreu em Cotswolds e tinha todas as indicações de ter sido conseqüência de um ritual de bruxaria. No dia 14 de fevereiro de 1945, um senhor chamado Charles Walton of Lower Quinton foi encontrado morto, debaixo de uma árvore na área de Meon Hill, um notório local ritual de bruxas. O corpo foi fixado ao chão com um tridente de fazenda, e sua garganta e peito cortados com uma foice, fazendo o formato de cruz. (14 de fevereiro também era a data de Candlemas pelo antigo calendário e um dos grandes sabás das bruxas).
A investigação policial se deparou com uma muralha silenciosa, e ninguém foi preso. Margaret se disfarçou como uma pintora visitante e com um caderno passou uma semana na região. Na verdade ela estava conduzindo sua própria investigação. Posteriormente ela publicou um artigo afirmando acreditar que a vítima tinha sido morta por pessoas que acreditavam e temiam a bruxaria. Charles Walton tinha sido assassinado porque alguém temia seus poderes como bruxo.
Durante os anos de 1953-1955, Margaret foi eleita presidente da Sociedade de Folclore, outro singular feito e já contando com 90 anos. Adicionalmente, em 1954 ela lançou o seu terceiro e provavelmente mais controvertido livro: ‘The Divine King in England’. Neste livro, ela avança a sua teoria de que os primeiros soberanos ingleses morreram, de fato, por ritual de sacrifício. Tal teoria causou uma chuva de protestos por parte de seus colegas que se empenharam em desacreditar todos os seus trabalhos sobre bruxaria.
Nos dias de hoje, muitos acadêmicos e historiadores ainda ridicularizam o trabalho de Margaret como sendo frutos sem sentido. Mesmo assim, os livros dela, assim como os de Sir James Frazer e Charles G. Leland, foram fontes inspiradoras para Gerald B. Gardner e outros, durante o movimento de reconstrução e ajuste da moderna bruxaria – Wicca.
Margaret Murray morreu em paz no ano de 1963 após completar seu último feito. Aos cem anos ela escreveu e publicou sua autobiografia, intitulada ‘My First Hundred Years’ (Meus Primeiros Cem Anos.). Neste, ela fala sobre sua crença na reencarnação, sua crença na alma, entre outros pontos polêmicos. Ela foi, sem sombra de dúvida, uma das mulheres mais notáveis da sua geração.
Escrito e compilado por George Knowles.
Tradução: Scathy Morrigan
Fontes
Livros
Enciclopédia de Wicca de Raven Grimassi

1 comentários:

wicca antigos poderres disse...

com certeza uma mulher qui fez tanto pela comunidade pagã deve ser reconhecida e aplaudida por todos nos.Ela foi um prodigio de sua época pq as mulheres nao ninham tais pensamentos nessa época,e qui ela esteje muito feliz em sam merlende;o nosso pais de verao...

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